O VISTO, POR FAVOR!
O que confia no seu próprio coração é insensato,
mas o que anda em sabedoria será salvo. Prov. 28:26.
O visto. Um simples visto. Fiquei parado dois dias em Madri por falta de visto para entrar na Guiné Equatorial. Erro de informação? Falta dela? Informação incompleta? A essa altura não adianta mais tentar descobrir a causa. Estou em Madri, sem poder viajar, enquanto centenas de pessoas me aguardam em Malabo, a capital da ex-colônia espanhola.
Sentado na sala de espera do Hotel Astúrias, no centro de Madri, penso uma e outra vez na importância de um visto. Quando você precisa viajar para algum país, é dever do país adaptar-se àquilo que você acha, ou é seu dever cumprir os requisitos que o país exige? Eu achava que a taxa podia ser paga no consulado, mas o consulado exigia que a taxa fosse paga no banco. Quando a informação chegou a mim, os bancos já haviam fechado e não adiantou explicar a importância da minha presença em Malabo. Não consegui o visto. Fiquei em Madri e só poderei viajar no vôo que partirá depois de amanhã.
Tudo bem, amanhã os bancos estarão abertos e o problema estará solucionado. Mas agora penso na vida eterna. Chegará um dia em que todos teremos que apresentar o visto de entrada no reino dos Céus. A Bíblia afirma isso categoricamente. O Céu não é o fruto da imaginação de gente que tenta sublimar a dor e o sofrimento deste mundo. O Céu também não é a fuga para pessoas fracas, incapazes de enfrentar com responsabilidade, brio e coragem as agruras desta vida. O Céu existe. É uma das verdades mais cristalinas da Bíblia.
Quando a história deste mundo chegar ao fim, todos – queiramos ou não; acreditemos ou não – teremos que apresentar o visto de entrada. Nesse dia, não terá muito valor o que “achamos”, ou “pensamos”, ou “acreditamos”. Não terá muito valor qualquer explicação ou justificativa. Não é dever do país adaptar-se ao que você acha, é seu dever cumprir os requisitos que o país exige.
Por isso, hoje, antes de iniciar a luta da vida, verifique se o seu visto está pronto. Não é o que você acha, é o que Deus diz. Não é o que você imagina, é o que afirma a Palavra de Deus. Lembre-se: “O que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda em sabedoria será salvo.”
O QUE É JUSTIÇA
Porque o Senhor é justo, Ele ama a justiça; os retos Lhe contemplarão a face. Sal. 11:7.
Só quero justiça”, reclama a mãe diante do cadáver de seu filho de dezesseis anos que acaba de ser assassinado. “Não é justo”, reclama o pai aflito diante dos escombros de sua casa depois que a enchente passou. “Se houvesse justiça não existiriam tantas crianças abandonadas”, raciocina o assistente social diante da gigantesca tarefa de atender aos meninos de rua, cujo número aumenta a cada dia.
Afinal, o que é justiça? Como se faz justiça? O que significa ser justo? Algumas versões traduzem o texto de hoje da seguinte forma: “Porque o Senhor é justo, e ama a justiça...” Na linguagem original não aparece a conjunção “e”. O texto literalmente dá a entender que a justiça é parte da própria natureza divina. Deus não é justo e ama a justiça. Ele ama a justiça porque é justo. Não tem outro jeito de ser. Sua natureza é justa.
Mas o texto não se limita a descrever o caráter justo de Deus. Entra na esfera humana e complementa: “Os retos Lhe contemplarão a face.” Só a luz pode conviver com a luz. As trevas são destruídas pelo poder da luz. Como poderia o homem, sendo injusto, rodeado de trevas, contemplar a face cheia de luz do Deus justo? Seria impossível.
Portanto, se o ser humano quer ser justo, só tem um caminho. Paulo afirma: “Aquele que não conheceu pecado, Ele O fez pecado por nós, para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus.” II Cor. 5:21.
Em Jesus, o ser humano não adquire justiça; torna-se justo. O cristão não quer simplesmente “fazer” justiça, como se fosse um dever a ser cumprido. Ele ama a justiça porque é justo, e é justo porque está em Jesus.
Você gostaria de ser justo? Gostaria de administrar justiça com sabedoria em qualquer circunstância da vida? Só tem um caminho: Jesus. Por isso, hoje, antes de iniciar os labores cotidianos, busque a Jesus, converse com Ele. Não vá para a rua sem Ele. Ele é a Pessoa-Justiça.
Entre seus amigos e familiares, no trabalho, na escola, enfim, por onde você andar, que todos vejam a própria justiça em você, “porque o Senhor é justo, Ele ama a justiça; os retos Lhe contemplarão a face”.
por Alejandro Bullón
Algumas pessoas dizem: “Hoje o cinema não é mais um lugar de imoralidade. Até as famílias vão lá.” Será que o fato de encontrarmos famílias significa que o lugar tenha melhorado e esteja livre de problemas?
O problema do Cinema não é a influencia do local, mas dos filmes; e o ambiente potencializa este poder através da grande tela, no escuro, com som poderosíssimo, completa proibição de diálogo e exercício de compartilhamento de opiniões, enfraquecendo o livre arbítrio. Alguns dizem que o cinema hoje melhorou e devido ao ambiente frequentado por famílias, deveria ser aprovado. Será que o cinema hoje está melhor do que no passado?
Se o problema fosse somente a “baixaria no escurinho” realmente este assunto não tem peso hoje em dia. Então vamos os pontos relevantes desta questão:
1. VALORES
Os valores apresentados nos filmes hoje em dia, são bem mais fortes, perniciosos e violentos do que no passado. Isto envolve valores morais, princípios; que é muito pior do que o assunto do ambiente. Valores que os pais não recomendam para seus filhos, como comportamento de rebeldia, sexo, atitudes maliciosas, homossexualismo, espiritismo, violência, ocultismo, palavreado sem pudor, são apenas alguns dos ingredientes comumente vistos nos roteiros. Ao discutir este assunto, precisamos ter certeza de que nossos critérios de escolha não estão fundamentados nos valores da sociedade, ou na maneira como ela encara as coisas, mas nos valores de Deus e do Céu.
Por exemplo, há cerca de 20 anos o homossexualismo não era bem visto pela sociedade ou pelas famílias. Note que a posição da sociedade mudou bastante, e o conceito de certo ou errado mudou também. Mas o cristão deve mudar seu conceito de certo ou errado para acompanhar a sociedade? A Bíblia mudou? Se os critérios de valores de Deus são os mesmos, cuidemos para que as mudanças da sociedade não destruam nossos princípios.
2. O Cinema pode ser comparado à TV?
O que se vê no cinema é o mesmo que se vê em casa. “É a mesma coisa”, alguns dizem. Será que assistir a um filme em casa e no cinema tem realmente a mesma influência? Usar este argumento faz com que o cinema se torne um lugar melhor, ou nos faz rever os critérios do que assistimos em casa, na TV? Quando o conteúdo é ruim, não deve ser visto nem na TV de casa, no cinema ou lugar algum.
Mas o cinema é ainda bem pior, pois sem dúvida a grande tela, o escuro completo, o som poderosíssimo, e completa proibição de diálogo ou exercício de compartilhamento de opiniões, potencializam muito mais estes problemas e vão enfraquecendo o livre arbítrio. Se a influência de um vídeo ou programa de televisão já pode ser muito prejudicial, imagine a influência destas mesmas imagens em um lugar onde a tela não tem apenas 14, 29 ou 42 polegadas, mas são telas tão grandes que se mede em metros. O tamanho da tela torna a influência do filme muito mais forte. É preciso considerar, a influência de um programa ou filme visto na TV de casa, com gente passando ou conversando, barulhos na rua, lanchinho em uma das mãos e o controle remoto na outra, campainha tocando, e outras tantas situações comuns ao lar, e comparar com a influencia de um filme visto no cinema, em ambiente construído a serviço da tela, com piso inclinado, poltronas especiais, luzes apagadas, silêncio geral, som super forte e outras características de uma sala de cinema. Não há como negar que o cinema torna a influência do filme muito maior.
Além disso, em casa você domina aquilo a que assiste. Você tem um controle remoto e um botão “stop” no vídeo, DVD ou TV. Se você tem critérios saudáveis e o filme não combina com eles, você pode interagir, falar, pular a cena, abaixar o volume e até mesmo desligar. Enquanto no cinema, se paga para entrar, e depois que as portas se fecham, a plateia quer silêncio, não toleram ficarem entrando e saindo, e como resultado, até que se crie coragem de reagir, sair e perder ao ingresso (em caso de conteúdo inadequado) você acaba assistindo ao filme todo, independente da qualidade e dos seus princípios.
A influência da galera convidando para um programinha no cinema, não analisa a consciência das escolhas. E com o passar dos dias, o cinema vai virando simplesmente mais um lugar de entretenimento, como uma pizzaria ou sorveteria. Chega sábado à noite e a turma se pergunta: "O que a gente vai fazer hoje?" No meio de algumas sugestões, alguém já responde: "Vamos pegar um cineminha." Ninguém discute sobre o que vai passar, benefícios e malefícios ao caráter e a fé. Simplesmente se torna mais um lugar de lazer. Sem contar a escassez de títulos disponíveis, e para matar a vontade se escolhe o menos pior, que nem sempre é bom. Em uma locadora escolhemos em meio a milhares de títulos, enquanto em um circuito de cinema, muitas vezes não temos mais do que dez opções.
3. Conteúdo
O Dr. W. W. Charters, no livro Our Movie Made Children, apresenta um estudo comprovando que 75% a 80% do que é apresentado nos filmes envolve sexo, ocultismo e violência
O que os filmes promovem: Gente que tem vontade de estar com Deus, de buscá-Lo ou de estar em lugares puros? Definitivamente este quadro não combina com o cinema. Deus não é buscado nem encontrado ali; além disso, o que é apresentado lá, não combina com a pureza ou com os valores de Deus.
“Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos.” Em I Coríntios 10:23 e 32, Paulo ainda destaca que “todas as coisas são lícitas, mas nem todas convém. ... Não vos torneis causa de tropeço... para a igreja de Deus.” E o que mais me impressiona é a declaração do capítulo 8:12, onde ele diz: “E deste modo [referindo-se ao pecado do escândalo], pecando contra os irmãos, golpeando-lhes a consciência fraca, é contra Cristo que pecais.” É importantíssimo ter cuidado!
4. Adoração
Outro ponto importante é a visão do cinema como um lugar de adoração. Parece meio pesado e até estranho, mas é uma realidade. Se observarmos que cerca de 80% daquilo que é apresentado no cinema se concentra em sexo, violência e ocultismo, a questão que surge é: Quem é o interessado em passar isto os valores ali apresentados, para influenciar as pessoas? Deus ou Satanás? Quem ri e quem chora, ao fim de uma sessão lotada de sala de cinema? Ali são apresentadas mensagens fortes e claras que levam a um estilo de vida. E no cinema estas mensagens são apresentadas com os mais fortes e atrativos recursos de produção. A pergunta maior é: Tudo isto, a serviço de quem?
O cinema pode até ser comparado a uma igreja. Pois a igreja é um lugar público onde a vontade de Deus é ensinada e Ele é adorado. O cinema, por outro lado, é um lugar público, um centro de ensinamento de mensagens, assim como a igreja, mas não está comprometido com Deus, e muitas vezes parece até estar a serviço do inimigo de Deus (cuidado, pois a televisão também pode desempenhar esse papel).
Um centro de aprendizado e adoração, onde é apresentado aquilo em que o autor acredita, ou pelo menos se interessa em difundir. Algumas comparações podem ser feitas entre os dois lugares:
TEMPLO - Bem localizado. Prédio imponente. Ambiente de adoração. Possui uma mensagem clara e aberta. Um púlpito para apresentação da mensagem e o adorador não paga ingresso, e desenvolve valores morais, critérios de escolha, e decisões eternas. Possui um inimigo, definitivamente destruído no final, por um Salvador, a quem os presentes adoram e louvam no culto.
CINEMA - Localizado em área de fácil acesso. Prédio imponente, shopping. Ambiente reverente. Tem um enredo. Possui um palco para apresentação do filme. O frequentador paga o ingresso para receber uma carga de informações e influencias quase sempre de valores duvidosos. Possui um vilão, quase sempre vencido no final, mas deixando um monte de dúvidas e mensagens ao longo do enredo. Possui também um herói, que apanha muito, sempre parece que não é capaz de vencer o mal com o bem, mas no fim, muitas vezes com uma ajudinha barbada do roteirista, o herói vence. Embora muitas vezes ainda reste uma pequena dúvida, se o mal morreu mesmo, ou se está apenas se fazendo de morto, até ressurgir no filme de continuação, ou durante as letrinhas do fim do filme. Promove adoração de um salvador da ficção, que não sai da tela para salvar ninguém, mas muitas vezes destrói vidas e famílias, com os valores cultuados ao longo da exibição.
Mesmo que, de vez em quando, exista algum filme que pareça bom, o risco é maior do que o benefício, e a consequência pode ser realmente desastrosa. Vale lembrarmos de que estamos no palco do grande conflito entre Cristo e Satanás. Ambos querem conquistar nossa mente e nossa vontade, mas só um terá este direito: Aquele a quem entregarmos nosso tempo e nosso intelecto.
5. Critérios
Fora detalhes menores, mas também importante, como a energia e recursos financeiros depreendidos. Testemunhos e discipulados praticados. E principalmente fazer parte, financiar e fortalecer, uma indústria que serve na maior parte do tempo aos propósitos de satanás. Ridiculariza a Deus, a Bíblia, a Família, a Pureza, a Igreja e aos bons costumes.
Por isso Paulo deixa uma recomendação preciosa e muito válida quando se fala em cinema e filmes: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há, e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” Filip. 4:8. E Davi completou: “Não porei coisa injusta diante dos meus olhos” (Sal. 101:3).